Um estudo internacional divulgado em 27 de agosto de 2025 revela que o desmatamento de florestas tropicais é responsável por cerca de 28 mil mortes anuais devido ao calor. A pesquisa, publicada na revista Nature Climate Change, foi liderada pelo Instituto de Ciência do Clima e Atmosfera da Universidade de Leeds, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Kwame Nkrumah de Ciência e Tecnologia, abrangendo todas as regiões tropicais do mundo.
Os resultados indicam uma ligação direta entre a perda de floresta, o aumento da temperatura local e a elevação da mortalidade. Entre 2001 e 2020, aproximadamente 345 milhões de pessoas foram expostas ao aquecimento local resultante do desmatamento, com o Sudeste Asiático apresentando o maior número de mortes, seguido pela África tropical e pelas Américas Central e do Sul.
Os pesquisadores destacam que a redução do desmatamento é essencial não apenas para mitigar as mudanças climáticas, mas também para proteger a saúde pública. A exposição ao calor extremo afeta principalmente as populações mais pobres, que enfrentam condições perigosas de trabalho e acesso limitado a tecnologias adaptativas, como ar-condicionado, aumentando sua vulnerabilidade às consequências do aquecimento global.