Um estudo realizado pela Olin College of Engineering, publicado na revista Planetary Science Journal, revela que a probabilidade anual de um asteroide com mais de 140 metros de diâmetro atingir a Terra é de apenas 0,009%. O professor Raphael Campos, do Rio International School, explica que a trajetória dos asteroides pode ser alterada por campos gravitacionais de planetas gigantes como Júpiter e Saturno, que atuam como escudos naturais. A pesquisa analisou cinco milhões de objetos próximos à Terra e identificou três potenciais impactos ao longo de 150 milhões de anos, sugerindo que um asteroide poderia colidir com o planeta a cada 11 mil anos.
Embora as chances sejam pequenas, o astrofísico Adam Smith, da Universidade Católica de Brasília, alerta que o risco não é nulo e que agências espaciais monitoram constantemente esses objetos. As estimativas de colisão podem variar conforme novos asteroides são descobertos e mais dados sobre suas órbitas são coletados. Cientistas estão desenvolvendo métodos para desviar ou destruir asteroides ameaçadores, como demonstrado pela missão Dart da NASA em 2022, que alterou com sucesso a trajetória do asteroide Dimorphos.
A possibilidade de um impacto catastrófico ainda é uma preocupação significativa, pois poderia causar incêndios, tsunamis e mudanças climáticas extremas. Portanto, a colaboração internacional é essencial para garantir que medidas adequadas sejam implementadas para proteger o planeta. A pesquisa ressalta a importância de se manter vigilância sobre os asteroides e desenvolver estratégias eficazes para prevenir desastres em escala global.