Alunas do curso técnico em Análises Clínicas do Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep) Araci, na Bahia, criaram luvas biodegradáveis a partir de fibras de sisal, uma planta típica da região. O projeto, iniciado em abril de 2022 sob a orientação da professora Pachiele Cabral, visa combater a poluição causada por resíduos plásticos, especialmente os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) utilizados durante a pandemia de Covid-19.
As luvas de sisal apresentam propriedades antialérgicas e antimicrobianas, oferecendo uma alternativa segura e ecológica para laboratórios, clínicas e hospitais. As estudantes Sarah Moura Cruz e Isabel Silva Oliveira, responsáveis pela iniciativa, destacam que a ideia surgiu após a observação do grande descarte de resíduos plásticos durante a pandemia, e que o uso do sisal valoriza um recurso local, promovendo também a justiça social.
Atualmente, as luvas estão em fase de desenvolvimento com o apoio técnico da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), e um pedido de patente já foi protocolado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O projeto não apenas busca soluções sustentáveis, mas também visa dar visibilidade ao trabalhador do sisal, que enfrenta condições difíceis na região, transformando a história do cultivo dessa planta no semiárido baiano.