A advogada Estela Aranha foi empossada como ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última terça-feira, 5 de setembro, após ser escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com um mandato de dois anos, Aranha ocupa uma das sete cadeiras do tribunal, sendo a primeira a ser indicada para a vaga destinada à classe dos juristas. Sua especialização em direito digital é vista como um trunfo para enfrentar a desinformação e os desafios das plataformas digitais nas eleições de 2026.
Antes de sua nomeação, Estela Aranha atuou como secretária nacional de Direitos Digitais no Ministério da Justiça e Segurança Pública, onde ganhou notoriedade por sua atuação em temas relacionados à regulação de tecnologias emergentes e inteligência artificial. Durante a cerimônia de posse, a presidente do TSE, Cármen Lúcia, destacou a importância da nova ministra para a Justiça Eleitoral, ressaltando sua experiência na formulação de acordos sobre direitos digitais.
Estela Aranha também esteve no centro de discussões sobre a regulação das big techs, tendo participado da elaboração de projetos de lei que visam regular o setor. Sua atuação foi especialmente relevante em um contexto de crise de desinformação, que culminou nos ataques de 8 de janeiro e em uma série de atentados a escolas no Brasil. A criação da Operação Escola Segura, coordenada por ela, foi uma das respostas do governo a esses desafios.
A nomeação de Estela ocorre em um momento crítico, em que a Justiça Eleitoral enfrenta pressões para lidar com a desinformação e garantir a integridade das próximas eleições. Sua experiência e conhecimento na área digital são considerados essenciais para fortalecer o TSE diante dos desafios que se aproximam.