As empresas estatais federais do Brasil alcançaram um faturamento recorde de R$ 1,3 trilhão em 2024, conforme o Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais, divulgado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) nesta sexta-feira (22). O lucro líquido das estatais caiu para R$ 116,6 bilhões, uma redução de 41% em relação ao ano anterior, impulsionada pela queda nos lucros da Petrobras. Sem considerar a petroleira, o lucro das demais estatais cresceu 9,4%, atingindo R$ 79,6 bilhões.
O relatório também revelou que as estatais são responsáveis por mais de 440 mil empregos diretos e representam 5,4% do PIB brasileiro, com investimentos somando R$ 96 bilhões. Em 2024, foram distribuídos R$ 152,5 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, sendo R$ 72,1 bilhões destinados ao governo federal. A ministra da Gestão, Esther Dweck, ressaltou a importância das estatais na estratégia de desenvolvimento sustentável do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O MGI destacou que, apesar de algumas estatais apresentarem déficits primários, a robustez financeira é evidente, com cada R$ 1 investido pelo governo retornando R$ 2,51 aos cofres públicos. O Banco Central também avaliou que, entre as estatais não dependentes, houve um lucro operacional de R$ 1,7 bilhão. Essa situação ressalta a necessidade de entender as diferenças entre os resultados primários e operacionais para uma análise mais precisa da saúde financeira das estatais.