O debate sobre a regulação das plataformas digitais voltou à pauta após a repercussão do vídeo do influenciador Felca, que expôs conteúdos de pedofilia no YouTube. Especialistas em direitos digitais, como Flávia Lefèvre e João Francisco Coelho, discutem a urgência de ações que impactem diretamente o modelo de negócios das big techs, enfatizando que a proteção de crianças e adolescentes deve ser uma prioridade. Flávia Lefèvre argumenta que a regulação deve focar nas plataformas e não apenas na responsabilização individual de criminosos, destacando a necessidade de uma lei que aborde o design dos sistemas das redes sociais em relação ao público jovem. João Francisco Coelho complementa que o problema é estrutural e não isolado, ressaltando que a resistência à regulação está atrelada a interesses políticos e econômicos, especialmente da extrema direita, que se beneficia da desregulamentação. Ambos os especialistas defendem que a discussão sobre conteúdos ilegais, como exploração sexual e violência, não deve ser confundida com censura, mas sim como uma necessidade de proteção efetiva.