Diarreia persistente, constipação e desconforto abdominal são sinais de que algo não vai bem no intestino, frequentemente associados a um desequilíbrio da microbiota intestinal. Especialistas, como a gastroenterologista Louise Deluiz Verdolin Di Palma, do Hospital Samaritano Barra, no Rio de Janeiro, alertam que a escolha de probióticos deve ser feita com cautela e baseada em avaliações médicas, uma vez que cada cepa possui indicações específicas para diferentes sintomas. Para constipação, por exemplo, recomenda-se o Bifidobacterium lactis, enquanto para diarreia, o Lactobacillus rhamnosus GG é indicado.
A forma de apresentação dos probióticos também influencia sua eficácia. Estudos indicam que cápsulas de liberação retardada garantem maior sobrevivência das cepas até o intestino, enquanto sachês podem ser mais adequados para crianças e idosos. É importante ressaltar que alimentos fermentados, como iogurtes, não devem ser confundidos com probióticos, pois podem não conter quantidades suficientes de microrganismos vivos. Além disso, prebióticos e simbióticos podem potencializar os benefícios dos probióticos ao fornecer alimento para as bactérias benéficas.
Embora os probióticos sejam seguros para a maioria das pessoas, grupos específicos, como neonatos prematuros e imunocomprometidos, devem evitá-los. Estudos recentes sugerem uma relação entre probióticos e saúde mental, com cepas que influenciam neurotransmissores como a serotonina. No entanto, especialistas enfatizam que uma alimentação equilibrada e acompanhamento médico são fundamentais para garantir a saúde intestinal e mental.


