O professor de Direito Tributário Internacional, José Andrés Lopes da Costa, analisa a recente decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de acionar a Lei da Reciprocidade contra os Estados Unidos. Em entrevista ao PlatôBR, ele ressalta que, apesar da capacidade limitada de retaliação do Brasil em comparação com os EUA, a lei pode funcionar como um importante instrumento de pressão para iniciar conversas sobre tarifas comerciais.
Costa explica que o Brasil deve utilizar essa lei não como uma arma imediata, mas como uma alavanca diplomática que sinaliza a disposição do país para negociar. Ele destaca que o nióbio, recurso do qual o Brasil detém mais de 80% das reservas conhecidas, pode ser um ativo estratégico crucial nas negociações, desde que usado com cautela e inteligência.
O professor alerta que retaliações diretas podem intensificar a guerra comercial e recomenda um enfoque mais prudente, priorizando o diálogo. O vice-presidente Geraldo Alckmin também reforçou que o acionamento da Lei da Reciprocidade visa acelerar as negociações com os EUA, criando um ambiente propício para discussões sobre tarifas e comércio internacional.