A Espanha vivenciou a onda de calor mais intensa desde o início dos registros, conforme informou a Agência Nacional de Meteorologia (Aemet) neste domingo (24). O fenômeno, que se estendeu de 3 a 18 de agosto, apresentou temperaturas 4,6°C superiores à média das ondas de calor anteriores, superando o recorde de julho de 2022. Estima-se que mais de 1.100 mortes tenham sido atribuídas a essa onda, segundo dados do Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII). O sistema ‘MoMo’ do ISCIII revelou que o número exato chega a 1.149, refletindo um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o calor extremo contribuiu para incêndios florestais devastadores na Espanha e em Portugal, que resultaram em oito mortes e destruíram mais de 400.000 hectares entre os dois países. Essa situação alarmante destaca a crescente gravidade das ondas de calor na Europa e suas consequências diretas sobre a saúde pública e o meio ambiente.