Uma onda de calor extremo que se instalou na Espanha entre os dias 3 e 18 de agosto resultou em cerca de 1.149 mortes, segundo estimativas do Instituto de Saúde Carlos 3º (ISCIII). Durante esse período, as temperaturas oscilaram perto dos 40°C, contribuindo para o aumento de incêndios florestais em várias regiões do país, incluindo Extremadura, onde quatro pessoas perderam a vida devido às chamas.
As condições climáticas severas não apenas elevaram a mortalidade, mas também provocaram evacuações em massa e o fechamento de estradas. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, enfatizou que ainda há “horas difíceis” pela frente na luta contra os incêndios e alertou sobre a crescente emergência climática na Península Ibérica. Dados do satélite Copernicus indicam que as emissões de gases do efeito estufa na região atingiram níveis sem precedentes, afetando a qualidade do ar em áreas distantes, como França e Reino Unido.
Com a umidade aumentando e as temperaturas diminuindo, as equipes de combate a incêndios esperam que as condições melhorem. No entanto, a situação permanece crítica, com 32 pessoas presas por suspeita de iniciar focos de incêndio e investigações em andamento. A combinação de calor extremo e incêndios florestais destaca a urgência da ação climática na Europa.