Milhares de bombeiros e militares estão mobilizados nesta segunda-feira, 18 de agosto, para combater mais de 20 incêndios florestais que devastam o oeste da Espanha e Portugal, resultando em seis mortes até agora. As chamas, que já duram duas semanas, concentram-se nas regiões da Galícia, Castilla y León e Extremadura, na Espanha, enquanto em Portugal o foco principal é um grande incêndio próximo a Arganil. A onda de calor que alimentou os incêndios está prestes a terminar, mas a situação permanece crítica, com a fumaça dificultando as operações de combate e exigindo precauções para a saúde pública.
A diretora-geral da Proteção Civil e Emergências da Espanha, Virginia Barcones, alertou sobre a gravidade da situação, com 23 incêndios ativos classificados como ameaças diretas à população. O governo espanhol recebeu apoio aéreo de países como França, Itália, Eslováquia e Países Baixos, enquanto Portugal conta com ajuda da Suécia e Marrocos. A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, descreveu os incêndios como uma situação muito complicada devido à sua magnitude e à visibilidade da fumaça do espaço.
Com mais de 343.000 hectares queimados na Espanha desde o início do ano, o país já ultrapassou os números do pior ano anterior em termos de área devastada. Em Portugal, um bombeiro morreu em um acidente durante as operações de combate ao fogo, elevando o total de mortes no país para duas. A tragédia ressalta a urgência de uma resposta coordenada para enfrentar os incêndios florestais e proteger as comunidades afetadas.