A Justiça argentina investiga um escândalo de corrupção que atinge o governo do presidente Javier Milei, envolvendo sua irmã, Karina Milei, e o advogado Diego Spagnuolo. Denúncias surgiram após o vazamento de áudios que indicam um esquema de cobrança de propinas na Agência Nacional de Deficiência (Andis), onde Spagnuolo atuava como diretor. Os áudios sugerem que a distribuidora de medicamentos Suizo Argentina exigia 8% de propina dos fornecedores, com 3% destinados a Karina Milei.
O escândalo se intensificou após a apresentação de uma denúncia na Justiça Federal por Gregorio Dalbón, advogado da ex-presidente Cristina Kirchner. O juiz federal Sebastián Casanello ordenou operações de busca e apreensão, resultando na captura de Spagnuolo em um condomínio em Buenos Aires, enquanto tentava fugir. Durante a operação, foram encontrados 266 mil dólares em posse de Emmanuel Kovalivker, um dos empresários envolvidos no esquema.
As gravações revelam a insatisfação de Spagnuolo com a arrecadação ilegal e sua relação próxima com Milei, evidenciada por suas frequentes visitas à Casa Rosada. O governo tenta minimizar o impacto do caso, mas enfrenta pressão da oposição por explicações. A investigação pode ter sérias implicações para a administração de Milei e a confiança pública em seu governo.