Um escândalo de corrupção abalou a cúpula do governo argentino liderado por Javier Milei, envolvendo sua irmã, Karina Milei, e Eduardo Menem, subsecretário de gestão institucional. Um áudio vazado revelou acusações de que Karina teria cobrado propinas de até 8% do faturamento de empresas farmacêuticas para garantir contratos com o governo, resultando em uma investigação judicial que pode comprometer a governabilidade do presidente a duas semanas das eleições.
As denúncias surgiram após um áudio atribuído a Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), que relatou um esquema de corrupção que poderia render cerca de US$ 800 mil mensais. O escândalo se intensificou com a demissão de Spagnuolo e buscas em empresas ligadas ao caso, enquanto o governo enfrenta crescente resistência no Congresso e expectativas frustradas na economia.
O impacto político do escândalo é significativo, pois fragiliza o governo Milei em um período eleitoral crucial. O Parlamento argentino considera abrir uma CPI para investigar as acusações, enquanto o presidente expressa apoio à irmã e sugere que as denúncias são parte de uma perseguição política. A situação continua a evoluir, com a Justiça analisando os áudios e as repercussões políticas se intensificando.