Entidades investigadas pela Polícia Federal (PF) por fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão encerrando suas atividades em diversas localidades do Brasil, como Aracaju (SE) e Fortaleza (CE). Associações como a AAPPS Universo e a Aapen foram acusadas de descontar ilegalmente quase R$ 572 milhões de aposentados entre 2022 e 2024, sem a devida autorização dos beneficiários, complicando o acesso à justiça para aqueles que buscam ressarcimento.
Com o fechamento das sedes, a tramitação de ações judiciais se torna cada vez mais difícil. A Justiça enfrenta obstáculos para intimar as entidades em processos movidos por aposentados que reivindicam o retorno das mensalidades descontadas. Além disso, investigações em andamento indicam que cerca de 30 associações podem ter participado desse esquema criminoso, que pode ter desviado até R$ 6 bilhões desde 2019.
As implicações desse escândalo são profundas, afetando milhares de aposentados e gerando um clima de incerteza sobre a recuperação dos valores desviados. Até o momento, a PF já apreendeu bens avaliados em R$ 176,7 milhões e bloqueou contas bancárias relacionadas às investigações. Com 13 inquéritos ativos em estados como São Paulo e Minas Gerais, a situação continua a se desenrolar, enquanto os aposentados aguardam por justiça e ressarcimento.