A Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia em grande parte do Rio de Janeiro, está sob investigação do Ministério Público Federal (MPF) devido a uma série de apagões que têm afetado clientes na Região Metropolitana e no interior do estado. Com mais de 7 milhões de usuários, a empresa se destaca negativamente no ranking de reclamações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que indicou um aumento de 30% nas ações judiciais contra a Enel nos últimos meses, refletindo a insatisfação generalizada dos consumidores.
O deputado estadual Flávio Serafini (PSOL) criticou a prática da empresa de solicitar a exclusão de eventos extraordinários, conhecidos como “expurgos”, que poderiam distorcer os dados sobre a qualidade do serviço prestado. Enquanto isso, empresários como Rafaela Panisset relatam prejuízos significativos devido às interrupções no fornecimento de energia, com relatos de dias inteiros sem luz, o que impacta diretamente seus negócios e gera insegurança na operação diária.
A Enel defende que os expurgos estão dentro da regulamentação e que as oscilações são atribuídas a condições climáticas adversas. No entanto, a situação levanta questões sobre a capacidade da empresa em manter um serviço adequado e se deve ou não receber a renovação da concessão por mais 30 anos. A Aneel ainda não se manifestou sobre a investigação em andamento, enquanto os consumidores continuam a enfrentar desafios com o fornecimento de energia.