Na segunda-feira, 18 de agosto, o encontro do Federal Reserve (FED) em Jackson Hole, Wyoming, se destaca como o principal evento da semana. Este simpósio, que começou há quase cinco décadas, ganhou relevância ao longo dos anos, especialmente em momentos críticos da economia global, como a crise do subprime em 2008 e a pandemia em 2020. A edição deste ano é aguardada com grande expectativa, especialmente pelo pronunciamento de Jerome Powell na sexta-feira (22), que pode influenciar as taxas de juros e a inflação nos Estados Unidos.
O encontro, que se tornou um ponto de referência para investidores, discutirá o impacto das tarifas sobre a inflação americana. Apesar de uma recente inflação de 3,1% nos últimos 12 meses ter sido celebrada pelos investidores, o FED permanece vigilante quanto às pressões inflacionárias. Além disso, as projeções indicam possíveis cortes nas taxas de juros nas próximas reuniões, mas as declarações de Powell podem alterar essas expectativas e afetar os mercados financeiros globalmente.
No Brasil, o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira mostra uma projeção de inflação para 2025 em 4,95%, abaixo do teto da meta estabelecida em 4,50%. Essa melhora nas expectativas reflete um cenário econômico mais otimista, embora ainda haja desafios pela frente. O desdobramento das discussões em Jackson Hole e suas repercussões nas políticas monetárias dos dois países serão observados atentamente por analistas e investidores ao redor do mundo.