A farmacêutica EMS anunciou que começará a vender, a partir da próxima segunda-feira (4), as primeiras canetas injetáveis contra obesidade e diabetes tipo 2 produzidas integralmente no Brasil. Os medicamentos, que utilizam a substância liraglutida, serão comercializados em duas versões: Olire, voltado para o emagrecimento, e Lirux, indicado para o controle da diabetes tipo 2. Inicialmente, os produtos estarão disponíveis em quatro redes de farmácias: Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco.
Os preços sugeridos partem de R$ 307,26 para a unidade do Olire, enquanto o kit com três canetas custará R$ 760,61. O Lirux será vendido em embalagens com duas canetas, ao preço de R$ 507,07. Pacientes cadastrados no programa de fidelidade “Vida + Leve” terão direito a um desconto de 10% na compra dos medicamentos. Na fase inicial, 100 mil unidades de Olire e 50 mil de Lirux serão distribuídas às farmácias, com a EMS projetando alcançar 250 mil canetas em circulação até o fim de 2025.
A nova fábrica da EMS em Hortolândia (SP) é a única no país especializada na produção de peptídeos, como a liraglutida, e tem capacidade inicial para fabricar até 20 milhões de canetas por ano. A chegada das versões nacionais representa um avanço para o setor farmacêutico, reduzindo a dependência de medicamentos importados de alto custo. A EMS também planeja lançar, em 2026, uma versão da semaglutida, presente em remédios como Ozempic e Wegovy, após a expiração da patente no Brasil.
Entretanto, especialistas alertam para os riscos da automedicação com canetas emagrecedoras, que podem causar efeitos colaterais graves, como náuseas, vômitos e problemas renais. O uso inadequado da dosagem e a falta de acompanhamento médico podem levar a complicações sérias, incluindo hipoglicemia e dependência psicológica. A orientação médica é fundamental para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.