Empresas solares chinesas registram perdas no primeiro semestre de 2025

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Cinco das principais empresas de energia solar da China, incluindo Tongwei e Longi, reportaram perdas significativas no primeiro semestre de 2025, resultado de uma intensa guerra de preços e excesso de capacidade. As perdas foram acentuadas pela desaceleração da demanda e pela queda drástica dos preços de produtos-chave, como polissilício e módulos solares. Tongwei liderou as perdas com quase 5 bilhões de yuans, enquanto outras empresas também enfrentaram resultados negativos alarmantes.

O setor solar chinês, que já foi um exemplo de inovação e crescimento, agora se vê em um ‘período de transição doloroso’, conforme descrito por Longi em seu relatório. A competição acirrada e a recente mudança nas políticas governamentais, que encerraram a compra garantida de energia renovável, contribuíram para um ambiente desafiador. Em resposta, o governo chinês convocou um simpósio para discutir medidas que visem controlar a competição desordenada e monitorar os preços do setor.

Além das intervenções governamentais, a indústria está buscando soluções colaborativas. A Associação da Indústria Fotovoltaica da China propôs a formação de uma joint venture entre grandes empresas para adquirir capacidade excedente e estabilizar o mercado. Contudo, a situação permanece complexa, com a produção de polissilício ainda em crescimento, o que pode dificultar a recuperação do setor nos próximos meses.

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