Empresas brasileiras têm se incomodado com os chamados ‘blogueiros CLT’, trabalhadores que compartilham suas rotinas nas redes sociais, levando a demissões em alguns casos. Thamiris Castro, psicóloga que viralizou no TikTok, e Geovanna Pedroso, influenciadora de marketing, são exemplos de profissionais que enfrentaram represálias por sua presença online. Enquanto Thamiris suspeita que sua demissão foi influenciada por suas postagens, Geovanna relata ter sido alvo de piadas e comentários pejorativos no trabalho.
A situação revela um conflito crescente entre a liberdade de expressão dos funcionários e as preocupações das empresas com a imagem corporativa. Apesar de legalmente não poderem proibir publicações, as empresas têm demitido trabalhadores por supostas má condutas nas redes sociais. Especialistas em gestão de pessoas, como Leandro Oliveira, argumentam que essa postura defensiva demonstra falta de maturidade das empresas para lidar com a era digital e a perda de uma oportunidade estratégica ao não reconhecer o potencial dos ‘blogueiros’ como aliados.
O fenômeno dos ‘blogueiros CLT’ destaca a necessidade de um diálogo mais aberto entre empregadores e empregados sobre o uso das redes sociais. A falta de comunicação pode levar a mal-entendidos e à perda de talentos valiosos. À medida que mais trabalhadores buscam expressar suas experiências online, as empresas precisam repensar suas estratégias para integrar esses influenciadores em suas culturas organizacionais, em vez de vê-los como ameaças.