Uma pesquisa da Moody's, envolvendo 3,5 mil empresas não financeiras globalmente, revelou que as companhias da América Latina estão entre as mais vulneráveis às políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O estudo, que incluiu 140 empresas da região, foi realizado antes do anúncio de tarifas de 50% sobre produtos indianos, estabelecidas em 6 de setembro de 2023.
O levantamento considerou um cenário em que todos os países aplicam tarifas recíprocas, sem acordos ou prorrogações, e apontou que a confiança no mercado latino-americano deve ser impactada, com uma possível retração do Produto Interno Bruto (PIB) e redução nos investimentos e gastos do consumidor. Apesar disso, a qualidade de crédito das empresas da região não deve ser severamente comprometida, segundo a análise.
O Brasil e o México são os países mais afetados, com o Brasil apresentando o maior número de empresas vulneráveis. Nesta quarta-feira, produtos importados para os EUA começaram a ser taxados em 50%, embora uma lista de exceções tenha sido divulgada, incluindo itens como petróleo e aeronaves. Outros países da região, como Chile e Peru, também enfrentam riscos, especialmente nos setores de metais e mineração.