A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão de dois empresários, Maurício Silveira Zambaldi e José Ricardo Ramos, suspeitos de financiar um plano para assassinar o promotor Amauri Silveira Filho, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em Campinas. A audiência de custódia realizada no último sábado não identificou irregularidades nas prisões temporárias, que foram efetuadas após investigações sobre atividades criminosas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os empresários, que atuam nos setores de comércio de veículos e transporte, teriam arquitetado o plano para interromper investigações sobre crimes como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O promotor Amauri Silveira Filho é conhecido por sua atuação incisiva contra a facção criminosa, e o plano também incluía o assassinato de um comandante da polícia de São Paulo, cuja identidade não foi divulgada. A operação que resultou nas prisões foi realizada pelo Gaeco e pelo 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep).
A prisão dos empresários e a busca por um terceiro suspeito, Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão”, que está foragido, revelam a gravidade da situação e a necessidade urgente de proteção para os agentes públicos envolvidos na luta contra o crime organizado. O caso destaca a crescente preocupação com a segurança dos promotores e policiais que enfrentam facções criminosas no Brasil.