Os empresários Fabrício da Silva Lima e Valdemar do Nascimento Alves, detidos sob suspeita de participação em um assalto a uma agência bancária em Brasnorte, Mato Grosso, na última quinta-feira (31), apresentaram denúncias de tortura contra policiais durante audiência de custódia realizada no domingo (3). Ambos alegaram que agentes do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) os ameaçaram e torturaram após a prisão.
Fabrício relatou que, durante a abordagem, os policiais utilizaram fuzis e impediram que ele contatasse seu advogado. Segundo ele, os agentes desviaram o caminho para a delegacia e o levaram para a casa de Valdemar, onde teriam sido submetidos a sessões de tortura que duraram cerca de três horas. Valdemar corroborou as alegações, e Fabrício apresentou hematomas como evidência dos abusos.
A Polícia Civil, em nota, confirmou a recepção das denúncias e anunciou que a Corregedoria Geral instaurará um procedimento investigativo. O assalto, que envolveu planejamento prévio e apoio logístico, está sendo investigado por uma força-tarefa que inclui mais de 100 policiais civis e militares, além de unidades especializadas.
Até o momento, a quantia roubada não foi recuperada, e a polícia segue em busca dos valores, que teriam sido ocultados pelos criminosos após o assalto. A investigação também apura a possível participação de policiais militares no esquema, que teriam recebido dinheiro para atrasar as buscas pelos assaltantes.