Bruno Mendes de Jesus, um empresário de 30 anos, foi preso na última segunda-feira (4) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao ser flagrado transportando 103 kg de ouro, avaliados em mais de R$ 60 milhões. A prisão preventiva foi determinada pelo juiz federal Victor Oliveira de Queiroz, que destacou a gravidade da conduta e a ausência de colaboração do acusado com as autoridades sobre a origem e o destino do minério.
O juiz ressaltou que o transporte de uma quantidade tão elevada de ouro em regiões afetadas por terras indígenas levanta sérias suspeitas de exploração ilegal e possíveis vínculos com organizações criminosas. Durante a abordagem, Bruno alegou ser fiscal de obras e que estava em viagem de Manaus para verificar uma construção, mas optou por permanecer em silêncio ao ser questionado pela Polícia Federal.
A decisão do magistrado foi fundamentada na necessidade de garantir a ordem pública e prevenir a continuidade de atividades delituosas. Além disso, a prisão foi justificada pela preocupação de que a liberdade de Bruno poderia enviar uma mensagem negativa à sociedade, aumentando a sensação de impunidade. O juiz também autorizou a quebra de sigilo telefônico do investigado para aprofundar as investigações sobre o caso.