O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, confessou ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44, em Belo Horizonte, durante uma discussão de trânsito. A confissão ocorreu em um interrogatório no Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na segunda-feira (18), um dia após os advogados de Renê anunciarem a desistência da defesa. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Renê alegou que disparou em razão da discussão e que sua esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, não sabia que ele havia pegado sua arma particular.
O crime aconteceu no dia 11 de agosto, quando Renê iniciou uma discussão com a motorista de um caminhão de lixo que bloqueava a rua. Testemunhas relataram que o empresário ameaçou a motorista e, ao ser defendida pelos garis, sacou a arma e atirou contra Laudemir, que faleceu no hospital. A Justiça converteu a prisão em flagrante de Renê em preventiva, e ele foi transferido para o Presídio de Caeté. Após sua prisão, a polícia encontrou a arma utilizada no crime em sua residência.
Além da confissão, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitou à Justiça o bloqueio dos bens de Renê, que pode chegar a R$ 3 milhões. Essa medida visa garantir a indenização à família da vítima e prevenir que o casal desvie patrimônio devido à repercussão do caso. A investigação também abrange a delegada Ana Paula, que pode responder solidariamente pelo uso da arma no crime.