A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, divulgou nesta terça-feira (5 de agosto de 2025) seu balanço do segundo trimestre, reportando um prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 milhões, revertendo o lucro de R$ 415,7 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Apesar do resultado negativo, a empresa alcançou uma receita líquida recorde de R$ 10,3 bilhões, um aumento de 30,9% em relação ao segundo trimestre de 2024.
O crescimento da receita foi impulsionado principalmente pela aviação executiva, que apresentou um aumento de 74% em comparação ao ano anterior. Além disso, os segmentos de defesa e segurança e serviços e suporte cresceram 28% e 23%, respectivamente, enquanto a aviação comercial teve um crescimento de 11% no mesmo período. O EBITDA ajustado foi de R$ 1,39 bilhão, com uma margem de 13,5%, e o lucro operacional medido pelo EBIT ajustado alcançou R$ 1,09 bilhão, a maior margem dos últimos dez anos para um segundo trimestre.
Entre abril e junho, a Embraer entregou 61 aeronaves, um aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior, incluindo 19 jatos comerciais, 38 jatos executivos e 4 aeronaves de defesa. A carteira de pedidos da empresa atingiu um recorde de US$ 29,7 bilhões, impulsionada por novas encomendas de companhias aéreas e contratos na área de defesa com Portugal e Lituânia.
A Embraer reafirmou suas projeções para 2025, prevendo a entrega de 77 a 85 aeronaves comerciais e de 145 a 155 jatos executivos, além de uma receita consolidada entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões. A empresa também destacou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao setor aeroespacial não impactaram materialmente seus resultados, mantendo a alíquota original de 10% sobre suas aeronaves civis.