A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, foi isentada das tarifas comerciais elevadas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 30 de agosto. A decisão evita impactos negativos na receita da empresa, que poderiam ser semelhantes aos enfrentados durante a pandemia de Covid-19. A isenção foi resultado de esforços da Embraer e de companhias aéreas norte-americanas para demonstrar que tarifas altas poderiam interromper entregas e afetar negócios locais.
O presidente-executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto, se reuniu com autoridades do governo Trump, incluindo o secretário de Comércio e o secretário do Tesouro, para discutir a importância dos jatos da empresa para o setor de aviação regional nos EUA. As companhias aéreas, como Envoy Air e Republic Airways, expressaram preocupações sobre a dependência dos jatos E175, que são essenciais para operações em rotas regionais.
Com cerca de 200 entregas pendentes do E175 para companhias aéreas americanas, a Embraer se tornou a principal beneficiada pela decisão de isenção, resultando em uma valorização de mais de 20% nas ações da empresa. Analistas do JPMorgan preveem que as ações da Embraer possam alcançar novas máximas históricas, destacando a importância da fabricante no mercado de aviação dos EUA.