A Embraer enviou uma defesa ao governo dos Estados Unidos, afirmando que a imposição de restrições à sua importação seria “diretamente contrário aos interesses” dos próprios americanos. O documento foi protocolado junto ao Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) nesta segunda-feira, 18, e surge em meio a uma investigação que alega práticas comerciais desleais por parte do Brasil. Apesar de ter sido excluída do tarifaço de 50% imposto pelo governo Trump, a Embraer enfrenta uma alíquota de 10% e investigações relacionadas a seis temas, incluindo acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal.
Diversas associações brasileiras, como a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), também protocolaram respostas ao USTR, considerando as investigações injustas. A Embraer argumenta que suas operações não se beneficiam de tarifas preferenciais injustas e que mantém uma significativa presença nos EUA, com 12,5 mil empregos sustentados pela empresa. O governo brasileiro já encaminhou sua defesa, destacando que o sistema de pagamentos Pix é um instrumento competitivo e socialmente inclusivo.
As implicações dessa investigação são significativas, pois podem afetar as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. O governo brasileiro tentará demonstrar que as alegações do USTR são infundadas e que o comércio entre os dois países é benéfico. A situação é vista como um desafio adicional nas negociações comerciais e pode impactar futuras políticas econômicas entre as nações.