A Embraer protocolou uma defesa junto ao governo dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 18, afirmando que impor restrições à sua importação seria “diretamente contrário aos interesses” dos próprios americanos. A empresa, que já enfrenta uma alíquota de 10% e investigações por supostas práticas comerciais desleais, contesta as alegações feitas pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR). Além da Embraer, diversas associações, como a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), também apresentaram respostas ao USTR, considerando as investigações injustas.
O USTR acusa o Brasil de violar normas comerciais em seis áreas, incluindo acesso ao mercado de etanol, desmatamento ilegal e políticas relacionadas ao comércio digital. Em sua defesa, a Embraer argumenta que suas operações não se beneficiam de tarifas preferenciais injustas e que a empresa é uma grande importadora de produtos americanos, sustentando milhares de empregos nos EUA. O governo brasileiro também está preparando uma resposta, defendendo o Pix como um instrumento competitivo e ressaltando os números positivos das relações comerciais entre os dois países.
As implicações dessa disputa comercial são significativas, pois podem afetar a dinâmica das relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos. A investigação do USTR é vista como uma tentativa de embasar medidas protecionistas e pode complicar ainda mais as negociações comerciais entre as duas nações. O governo brasileiro espera demonstrar que as alegações são infundadas e que a cooperação econômica deve ser priorizada em vez de barreiras comerciais.