A Embraer (EMBR3) mantém suas expectativas de vender jatos regionais E2 para companhias aéreas dos Estados Unidos, apesar dos desafios impostos por tarifas sobre produtos brasileiros. O presidente-executivo da empresa, Francisco Gomes Neto, afirmou à Reuters que, embora a companhia tenha escapado de uma tarifa de 50% sobre importações, ainda enfrenta uma taxa de 10% que foi imposta em abril, o que complica as negociações para um primeiro acordo no mercado americano.
Historicamente, a Embraer tem buscado apresentar o E195-E2 como uma opção viável para complementar as operações de aeronaves maiores nas companhias aéreas dos EUA, mas até o momento não conseguiu concretizar vendas nesse mercado, embora tenha obtido sucesso na Europa e em outras regiões. Gomes Neto destacou que a eliminação da tarifa tornaria as negociações mais simples e que a empresa continua em conversas com potenciais clientes.
Além disso, a Embraer defende o retorno às regras de tarifa zero para a indústria de aviação e aeroespacial, especialmente após um acordo entre os EUA e a União Europeia que isentou aeronaves de tarifas. Gomes Neto argumentou que, enquanto a Boeing, sua principal concorrente, se beneficia de tarifas zero, a Embraer enfrenta desvantagens com a taxa de 10%.
A empresa também está explorando a possibilidade de uma linha de montagem nos EUA para o KC-390, um jato militar que compete com o C-130 Hercules, da Lockheed Martin. Gomes Neto revelou que a Embraer está trabalhando com um parceiro relevante para introduzir o KC-390 no mercado americano, embora não tenha revelado a identidade do colaborador.