O Egito revelou, nesta quinta-feira (21), vestígios de uma cidade submersa na baía de Abu Qir, em frente à costa de Alexandria. As ruínas, que incluem edifícios, tumbas e tanques para peixes, datam de mais de 2.000 anos e podem corresponder à antiga cidade de Canopo, um importante centro da dinastia ptolemaica e, posteriormente, do Império Romano. O ministro de Turismo e Antiguidades, Sherif Fathi, destacou que as descobertas são limitadas e que muitos elementos permanecerão como parte do patrimônio subaquático do país.
As escavações revelaram estruturas significativas, como locais de culto e depósitos para aquicultura. Entre os achados mais notáveis estão estátuas reais e esfinges anteriores ao período romano, além de um navio mercante e âncoras de pedra. Alexandria enfrenta uma grave ameaça devido ao aumento do nível do mar, com projeções indicando que um terço da cidade pode estar submerso até 2050, o que destaca a urgência em preservar seu rico patrimônio arqueológico.
A descoberta não apenas enriquece o conhecimento sobre a história egípcia, mas também levanta preocupações sobre o impacto das mudanças climáticas na região. Com a cidade afundando mais de três milímetros por ano, as autoridades enfrentam o desafio de proteger tanto as ruínas submersas quanto a própria Alexandria, que é uma das áreas mais vulneráveis do mundo às consequências climáticas.