A educação à distância (EAD) continua a se consolidar como a modalidade preferida dos estudantes brasileiros, com 3,3 milhões de novos alunos em 2023, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em contraste, apenas 1,67 milhão de estudantes optaram pelo ensino presencial, evidenciando uma mudança significativa no cenário educacional do país desde 2019.
Milena Gomes, de 26 anos, que ingressou no curso de Arquitetura e Urbanismo em 2022, expressou insatisfação com a qualidade do ensino híbrido, onde as aulas presenciais são limitadas a uma vez por semana. Ela planeja migrar para um curso presencial em outra instituição, mesmo com um aumento significativo nas mensalidades, pois acredita que a formação online não proporciona a interação necessária para se tornar uma boa profissional.
Por outro lado, Cris Soares, de 40 anos, presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), destaca que a EAD foi crucial para sua formação. Com uma condição de saúde que dificulta a presença em aulas presenciais, ela afirma que a flexibilidade do ensino remoto permitiu que conciliasse os estudos com suas responsabilidades como mãe. Essas histórias refletem a diversidade de experiências e opiniões sobre a educação à distância no Brasil, que continua a ser um tema relevante no debate sobre a qualidade do ensino superior no país.