A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Os indiciamentos ocorreram em decorrência dos ataques de Eduardo ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional, que foram considerados pela PF como tentativas de submeter as instituições democráticas a interesses pessoais, especialmente no contexto da Ação Penal 2668, que investiga uma suposta tentativa de golpe em 2022.
O relatório da PF destaca que os ataques de Eduardo às instituições visavam não apenas deslegitimar o STF, mas também influenciar o andamento da ação penal em que Jair Bolsonaro é réu. Além disso, a investigação revelou movimentações financeiras significativas entre pai e filho, incluindo repasses que superaram os R$ 2 milhões, o que levanta questões sobre a transparência das operações financeiras e possíveis estratégias para evitar bloqueios judiciais.
As consequências desse indiciamento podem ser profundas, afetando a reputação pública da família Bolsonaro e potencialmente resultando em novos desdobramentos legais. A situação coloca em evidência a tensão entre os poderes do Estado e levanta questões sobre a integridade das instituições democráticas no Brasil, especialmente em um momento em que a confiança pública nelas é crucial.