Eduardo Bolsonaro, atualmente autoexilado nos Estados Unidos, enviou um ofício à Câmara dos Deputados solicitando autorização para exercer seu mandato à distância. No documento, ele alega que o Brasil está sob um ‘regime de exceção’, uma declaração que parece mais uma estratégia para fortalecer a defesa de seu pai, Jair Bolsonaro, que enfrenta julgamento por tentativa de golpe. O pedido surge em um momento crítico, com o julgamento do ex-presidente se aproximando e a defesa buscando argumentos para contestar sua situação legal.
A solicitação de Eduardo é vista como uma tentativa de desviar a atenção das acusações contra seu pai e de mobilizar apoio entre seus seguidores. Ele argumenta que as condições atuais no Brasil são mais graves do que durante a pandemia de Covid-19, quando a Câmara permitiu a atuação remota de parlamentares. No entanto, críticos apontam que essa manobra pode ser interpretada como uma traição aos interesses do país e uma tentativa de legitimar ações que já foram condenadas internacionalmente.
As implicações desse pedido são significativas, pois podem afetar a percepção pública sobre a legitimidade da atuação de Eduardo na política brasileira. Além disso, o ofício pode constranger o presidente da Câmara, Hugo Motta, que terá que decidir se atenderá ou não à solicitação. A situação revela as tensões políticas em curso e a luta pelo controle narrativo em um momento delicado para a família Bolsonaro e seus aliados.