O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) chamou seu pai, Jair Bolsonaro (PL), de “ingrato do caralho” em mensagens de WhatsApp expostas pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 20 de agosto. O conflito teve início após o ex-presidente criticar a maturidade política do filho, que reagiu com palavrões e ameaças, mencionando uma possível retaliação ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Eduardo expressou sua frustração ao afirmar que poderia abandonar articulações com autoridades dos Estados Unidos, ligadas a tentativas de interferência no julgamento de Jair Bolsonaro.
Na sequência das ofensas, Eduardo enviou um pedido de desculpas no dia seguinte, reconhecendo que havia “pegado pesado” nas mensagens. Ambos os Bolsonaros foram indiciados pela PF por coação no processo do golpe de Estado, onde Jair é acusado de liderar uma organização criminosa que tentou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As investigações também sugerem que pai e filho estão envolvidos em articulações para abolir o Estado democrático de direito.
Este episódio não apenas revela tensões familiares significativas, mas também destaca as complicações políticas que cercam a figura do ex-presidente. Com ambos indiciados e sob investigação, as repercussões podem afetar não apenas suas carreiras políticas, mas também a percepção pública sobre a família Bolsonaro em um momento crítico para a política brasileira.