Durante uma audiência remota na Câmara dos Deputados, realizada nesta quarta-feira (27), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disparou críticas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele o acusou de ser “o maior violador de direitos humanos da história do Brasil”, referindo-se às supostas violações de garantias fundamentais no país. Eduardo, que reside nos Estados Unidos desde fevereiro, se apresenta como exilado político e tem intensificado suas críticas ao Judiciário, especialmente a Moraes, relator de inquéritos que envolvem aliados do bolsonarismo.
A situação de Eduardo se complica com o indiciamento recente pela Polícia Federal, que o acusa, junto com seu pai, Jair Bolsonaro, de coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. As investigações apontam que ambos teriam tentado intimidar autoridades e restringir o exercício de poderes constitucionais em meio a uma suposta trama golpista entre 2022 e 2023. O indiciamento ocorre em um momento em que a pressão internacional sobre o governo brasileiro aumenta, com os Estados Unidos impondo sanções a autoridades locais.
Eduardo Bolsonaro busca apoio político em Washington e afirma ter levado denúncias ao Congresso americano. Ele defende a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, uma legislação que visa punir violações de direitos humanos. A situação revela não apenas a polarização política no Brasil, mas também as repercussões internacionais das tensões internas, destacando a interconexão entre política local e diplomacia global.