O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a gestão de Hugo Motta (Republicanos-PB) na presidência da Câmara dos Deputados, em entrevista ao jornal O Globo, publicada na quinta-feira (7). Ele comparou Motta ao seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL), e questionou a falta de pautas relevantes, como o Projeto de Lei que propõe anistia a presos e investigados pelo 8 de Janeiro.
Eduardo Bolsonaro afirmou que a condução de Motta resultou em obstruções por parte da oposição, que, na terça-feira (5), ocupou as mesas diretoras da Câmara e do Senado em protesto pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante a entrevista, ele destacou a necessidade de Motta permitir que o plenário decida sobre as pautas, ao invés de controlar as votações de acordo com interesses pessoais.
A obstrução, que durou dois dias, foi encerrada após um acordo entre Motta e os deputados opositores, que exigiram a inclusão do PL da anistia e da PEC do foro privilegiado na pauta. Segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), a oposição desocupou a Mesa Diretora após Motta se comprometer a discutir os projetos. No entanto, fontes indicam que a decisão final dependerá do colégio de líderes.
Eduardo Bolsonaro, atualmente residindo nos Estados Unidos, alertou que tanto Motta quanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), podem enfrentar sanções do governo americano, caso não avancem com pautas como o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Ele enfatizou que a falta de ação em relação a essas questões pode colocá-los na mira das autoridades dos EUA.