Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PL de São Paulo, está nos Estados Unidos há mais de cinco meses e acumula faltas em suas obrigações parlamentares. Desde março, ele se declara um exilado político e já soma 15 ausências não justificadas, o que coloca seu mandato em risco, uma vez que a Constituição prevê a perda do cargo após a falta a um terço das sessões ordinárias. A decisão da Mesa Diretora sobre sua situação deve ocorrer em março de 2026.
Para tentar contornar essa situação, Eduardo solicitou ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), autorização para exercer seu mandato à distância. No entanto, Motta já declarou que não há previsão legal para tal prática, ressaltando que a única exceção ocorreu durante a pandemia de Covid-19, quando os parlamentares não podiam comparecer a Brasília. A situação se complica ainda mais com quatro representações contra Eduardo no Conselho de Ética da Câmara, relacionadas à sua atuação nos Estados Unidos.
As representações visam pressionar o STF para livrar seu pai, Jair Bolsonaro, de condenações por golpe de Estado. Apesar disso, o presidente do Conselho de Ética, Fabio Schiochet (União-SC), afirmou que não vê quebra de decoro parlamentar nas ações de Eduardo. O conselho se reunirá na próxima terça-feira (2) para analisar outras representações, mas nenhuma delas envolve diretamente o deputado Eduardo Bolsonaro.