O novo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, afirmou neste domingo (3 de agosto de 2025), durante seu discurso de posse no encontro nacional da sigla, que o partido defende a implementação do voto em lista no Brasil. Silva destacou a necessidade de restaurar os poderes constitucionais do presidencialismo, criticando a apropriação de atribuições do Executivo pelo Congresso Nacional, que, segundo ele, executa um orçamento de R$ 52 bilhões sem a devida legitimidade.
O presidente do PT argumentou que o esvaziamento do presidencialismo teve início nas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, e que a solução para essa crise política passa pela reforma política-eleitoral. "O PT tem que voltar a defender o voto em lista. É mais fácil debater um projeto de país com 4, 5 ou 6 partidos do que permitir que uma agenda nacional seja sucumbida diante do varejo e dos interesses pessoais que permeiam o Congresso Nacional", afirmou Silva.
Ele ressaltou que a maioria dos países que adotam o sistema proporcional utilizam a lista fechada, como é o caso da Alemanha, Portugal, Espanha e Itália. Nesse modelo, os partidos definem os candidatos que ocuparão as primeiras posições na lista, aumentando suas chances de eleição. Silva criticou o atual sistema de lista aberta, vigente no Brasil, que, segundo ele, eleva os custos das campanhas e pressiona os políticos a criar mais cargos comissionados.