França, Reino Unido e Alemanha, coletivamente conhecidos como E3, ameaçam acionar o “mecanismo de snapback” para reimpor sanções da ONU ao Irã, alegando que o país se afastou do acordo nuclear de 2015. Durante negociações em julho, os E3 ofereceram um adiamento do snapback em troca de condições que incluem retomar diálogos com os EUA e permitir acesso de inspetores da ONU aos locais nucleares. Teerã, que atualmente enriquece urânio em níveis próximos aos de armas, rejeitou a proposta, aumentando as tensões na região.
Os países europeus concordaram com os Estados Unidos em estabelecer um prazo até o final de agosto para acionar o snapback caso não houvesse um acordo com o Irã. A ação deve ser tomada antes de 18 de outubro, quando o prazo para a reimposição automática de sanções expira. A possibilidade de veto por parte da China e da Rússia também complica a situação, especialmente com a presidência da Coreia do Sul no Conselho de Segurança se aproximando.
As implicações dessa crise nuclear são significativas, pois podem afetar não apenas as relações entre o Irã e os países ocidentais, mas também a estabilidade no Oriente Médio. A reimposição de sanções pode agravar ainda mais a situação econômica do Irã e intensificar as tensões regionais, enquanto a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos das negociações.