Sidney Oliveira, proprietário da Ultrafarma, entregou seu passaporte nesta segunda-feira, 18 de agosto de 2025, mas não pagou a fiança de R$ 25 milhões exigida para sua liberdade. O juiz revogou sua prisão temporária na sexta-feira anterior, após o Ministério Público considerar que a detenção não era mais necessária para as investigações em curso. Apesar da decisão favorável, o magistrado alertou que a soltura de Oliveira ainda era prematura devido à gravidade das acusações contra ele.
A fiança foi fixada levando em conta o alto poder econômico do empresário e o potencial prejuízo aos cofres públicos. Oliveira e Mario Otavio Gomes, diretor da Fast Shop, foram presos na terça-feira, 12 de agosto, durante a operação Ícaro, que investiga fraudes fiscais envolvendo a Secretaria da Fazenda de São Paulo. O MP aponta que Oliveira é o principal articulador do esquema, que incluía a emissão de notas fiscais falsas por um auditor fiscal.
Ambos os empresários devem cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de deixar a comarca. A defesa de Oliveira nega qualquer ilegalidade e a Ultrafarma afirmou estar colaborando com as investigações. O caso levanta questões sobre corrupção fiscal e a necessidade de maior fiscalização nas práticas empresariais no Brasil.