À medida que as negociações para um possível acordo de paz na Ucrânia se intensificam, a atenção se volta para o Donbas, uma região estratégica no leste do país. Composta por Donetsk e Luhansk, essa área tem sido o foco das ambições russas desde 2014, quando Putin começou a desestabilizar a Ucrânia após a anexação da Crimeia. O Donbas, historicamente ligado à Rússia e com uma significativa população de falantes de russo, tornou-se um campo de batalha onde mais de 14 mil pessoas perderam a vida em confrontos entre separatistas apoiados pela Rússia e forças ucranianas.
Desde o início do conflito, cerca de 1,5 milhão de ucranianos deixaram o Donbas, enquanto mais de três milhões permanecem sob ocupação russa. A situação se agravou com a anexação unilateral de Donetsk e Luhansk pela Rússia em 2022, após referendos considerados fraudulentos. Para o Kremlin, abrir mão dessas áreas é impensável, especialmente para um líder como Putin, que busca expandir a influência russa. A resistência ucraniana, liderada pelo presidente Volodymyr Zelensky, é firme em não ceder território, considerando isso um suicídio político e uma violação da soberania nacional.
A luta pelo Donbas não é apenas uma questão territorial; ela representa um teste crucial para a ordem internacional e a segurança da Europa. A maioria dos ucranianos se opõe à entrega de qualquer parte do território à Rússia, e os aliados europeus apoiam essa posição, enfatizando que a agressão não pode ser recompensada. Assim, o futuro do Donbas permanece incerto, mas sua importância estratégica continua a moldar o cenário geopolítico da região e as relações internacionais.