Nesta segunda-feira, 18 de agosto de 2025, os mercados financeiros brasileiros enfrentaram mais um dia de volatilidade. O dólar valorizou-se 0,68% em relação ao real, fechando a R$ 5,43, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançou 0,72%, impulsionado por ações de Petrobras e instituições bancárias. O cenário internacional foi marcado pela reunião entre os presidentes Donald Trump e Volodymyr Zelensky, que gerou incertezas e cautela entre os investidores.
No contexto interno, o Banco Central do Brasil divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) recuou 0,10% em junho em comparação ao mês anterior, sinalizando uma desaceleração econômica. Essa queda no IBC-Br reforçou as expectativas de um possível corte na taxa Selic em 2025, o que diminui a atratividade do real. Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, destacou que a aversão ao risco no cenário global e a fraqueza do minério de ferro também contribuíram para a valorização do dólar.
As implicações desse cenário são significativas para a economia brasileira. Apesar da pressão sobre o real, o fluxo positivo de investidores estrangeiros ajudou a conter uma maior desvalorização da moeda. O Ibovespa se beneficiou desse movimento, especialmente com a recuperação dos preços do petróleo no mercado internacional, que animou ações de empresas do setor energético. A expectativa é que os desdobramentos das reuniões internacionais continuem a influenciar os mercados nos próximos dias.