O dólar apresenta alta na manhã desta terça-feira, 5 de setembro, após uma sequência de quedas, impulsionado pela valorização da moeda americana e pela cautela dos investidores. O mercado financeiro aguarda a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e reflete sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, além da implementação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que entrará em vigor nesta quarta-feira, 6. A situação gera preocupações sobre uma possível nova ofensiva do ex-presidente Donald Trump em apoio a Bolsonaro, uma vez que a medida tarifária tem motivações políticas.
No cenário internacional, a atenção se volta para os índices de gerentes de compras (PMIs) de serviços e a balança comercial dos Estados Unidos, que podem impactar a política de juros do Federal Reserve (Fed). O presidente Trump criticou os dados de emprego divulgados pelo Bureau of Labor Statistics (BLS) e fez comentários sobre a saída da diretora Adriana Kugler do Fed, considerando-a uma "surpresa muito agradável". Ele também descartou o nome do secretário do Tesouro, Scott Bessente, para uma possível indicação ao Fed.
Em resposta às tarifas impostas pelos EUA, o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorizou o Ministério das Relações Exteriores a acionar o mecanismo de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, na ata da última reunião, o Copom reiterou que as expectativas de inflação permanecem acima da meta em todos os horizontes, reafirmando seu compromisso com a ancoragem dessas expectativas. No contexto internacional, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) nos países da OCDE subiu para 4,2% em junho, em comparação a 4% em maio.