Nesta terça-feira (5), o dólar à vista registrou alta de 0,26%, cotado a R$ 5,522, em resposta à divulgação da ata da última reunião do Banco Central e à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. O movimento no mercado cambial ocorre em um contexto de incertezas políticas e econômicas, com investidores avaliando os impactos dessas notícias.
Dan Kawa, economista e especialista em fundos de investimento, destacou que a situação de Bolsonaro pode gerar volatilidade no curto prazo, mas também contribui para definir o cenário eleitoral para 2026. Segundo Kawa, um quadro eleitoral mais claro pode reduzir a incerteza e trazer estabilidade à política brasileira nos próximos meses.
Além disso, o Banco Central anunciou um leilão de até 35.000 contratos de swap cambial tradicional, visando a rolagem do vencimento de 1º de setembro de 2025. A ata do Copom indicou a intenção de manter a taxa Selic estável por um período prolongado, em meio a incertezas sobre tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
Às 9h10, o contrato de dólar futuro na B3 também apresentava alta de 0,10%, cotado a R$ 5,560. Na segunda-feira, o dólar havia fechado em baixa de 0,69%, a R$ 5,5070. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, participa do 2º Encontro do Centro de Política Fiscal e Orçamento Público (CPFO) no Rio de Janeiro, onde questões econômicas devem ser discutidas.