O dólar apresentou queda no mercado à vista nesta segunda-feira, 4, influenciado pela desvalorização de moedas emergentes como o peso chileno, peso mexicano, rublo e rand sul-africano. A alta no preço do minério de ferro também contribuiu para a movimentação. Os investidores estão atentos à implementação das tarifas 'recíprocas' dos Estados Unidos a 69 países, programada para esta semana, e a uma possível conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump sobre a sobretaxa de 50% imposta ao Brasil.
Na última sexta-feira, 1º, Trump afirmou que 'Lula pode falar comigo a qualquer momento', destacando seu apreço pelo Brasil, embora tenha criticado o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, confirmou que as tarifas continuarão, mesmo com negociações em andamento. Além disso, Trump deve anunciar um novo nome para o Federal Reserve após a renúncia de Adriana Kugler.
Os mercados também aguardam a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nos próximos dias, com expectativas de aumento na criação de vagas formais. O boletim Focus revelou uma leve queda na mediana da inflação projetada para os próximos 12 meses, de 4,44% para 4,39%, embora a taxa ainda esteja acima do teto da meta estabelecida pelo governo.
Em outras movimentações, o Banco Central iniciou a rolagem de contratos de swap cambial e autorizou um aumento de R$ 1 bilhão no capital do Banco Master. A Polícia Federal também cumpriu medidas cautelares contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), incluindo a aplicação de uma tornozeleira eletrônica, após o parlamentar violar uma ordem do STF ao retornar de uma viagem não autorizada aos EUA.