O dólar comercial encerrou a terça-feira, 5 de setembro, cotado a R$ 5,506, apresentando uma leve queda de 0,01%. A moeda norte-americana, que chegou a abrir em alta, foi influenciada por fatores externos e pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que indicou a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano. Essa situação ocorre um dia após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e na véspera do aumento de tarifas sobre produtos brasileiros.
Enquanto isso, a bolsa de valores brasileira, representada pelo índice Ibovespa, registrou sua segunda alta consecutiva, fechando o dia aos 133.151 pontos, um crescimento de 0,14%. O desempenho positivo foi impulsionado principalmente por ações de petroleiras e bancos, acumulando uma alta de 10,7% no ano de 2025.
A queda do dólar no mercado internacional também foi impulsionada pela expectativa de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, possa reduzir as taxas de juros em setembro, após a desaceleração na criação de empregos no país. O cenário foi ainda mais favorecido pela postura do Banco Central brasileiro, que sinalizou a permanência da Selic em níveis elevados, atraindo capital especulativo para o Brasil.
Esses fatores internos e externos contribuíram para a estabilidade do real, mesmo diante das ameaças do governo Trump de retaliar o Brasil após a prisão de Bolsonaro. O euro comercial, por sua vez, encerrou o dia estável, cotado a R$ 6,37, com uma leve alta de 0,03%.