O dólar à vista apresentou uma queda de 0,74% nesta quinta-feira, 7, encerrando o pregão a R$ 5,4227, o menor valor de fechamento desde 3 de julho, quando a moeda chegou a R$ 5,4050. A desvalorização do dólar ocorreu após atingir a mínima de R$ 5,4167 na reta final da sessão, impulsionada por um ambiente positivo para divisas emergentes.
O fortalecimento do real foi influenciado por expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, após dados que superaram as previsões sobre pedidos de auxílio-desemprego no país. Além disso, o Ibovespa avançou mais de 1,40%, e declarações do governo brasileiro sobre a não escalada de tensões comerciais com os EUA contribuíram para a valorização da moeda nacional.
A queda do dólar também foi acentuada por declarações do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não considera a quebra de patentes como retaliação ao aumento de tarifas imposto por Donald Trump. O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, comentou que essa postura é um sinal de distensão nas relações comerciais.
O mercado de câmbio enfrentou baixa liquidez, com o contrato de dólar futuro para setembro apresentando um giro inferior a US$ 11 bilhões. Apesar de uma leve alta no início da manhã, o dólar acumulou uma queda de 3,14% nos primeiros cinco pregões de agosto, enquanto o DXY, índice que mede o desempenho do dólar, recuou mais de 1,90% no mês. O peso colombiano e o rand sul-africano também mostraram valorização em relação ao dólar, com ganhos superiores a 3% e 2,60%, respectivamente.