O dólar à vista fechou em queda de 0,71% nesta tarde, cotado a R$ 5,5063, impulsionado pela desvalorização global da moeda americana e pela expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) já em setembro. O real se destacou como a moeda com melhor desempenho entre as principais divisas globais, atingindo o melhor nível desde 9 de julho, quando foram anunciadas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A alta do minério de ferro e o ingresso de fluxo estrangeiro também contribuíram para a valorização da moeda brasileira.
A expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos, que podem se intensificar em 2025, é sustentada por dados fracos sobre emprego e atividade econômica. A recente renúncia da diretora Adriana Kugler do Fed abre espaço para que o ex-presidente Donald Trump indique um substituto que possa favorecer uma política monetária mais acomodatícia. O economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, destacou que o movimento de queda do dólar reflete uma continuidade do que foi observado na última sexta-feira, com a possibilidade de uma antecipação nos cortes de juros.
Além disso, o avanço de 0,76% do minério de ferro na China, cotado a US$ 109,61 por tonelada, e de 1,20% em Cingapura, a US$ 101,20, reforça o desempenho do real, uma vez que o Brasil é um grande exportador de commodities. Operadores também relataram um aumento no fluxo comercial, o que favorece ainda mais a moeda brasileira. Enquanto isso, a queda superior a 1% nos contratos futuros de petróleo não teve impacto significativo no cenário atual.