O dólar comercial iniciou o mês de setembro com forte queda, encerrando a sexta-feira (1º) cotado a R$ 5,545, uma desvalorização de R$ 0,056 (-1,01%). A moeda chegou a ser negociada a R$ 5,62 logo no início do dia, influenciada por tarifas anunciadas pelo governo de Donald Trump, mas despencou após a divulgação de dados fracos do mercado de trabalho norte-americano, que mostrou a criação de apenas 73 mil vagas formais em julho e um aumento na taxa de desemprego para 4,2%.
Enquanto isso, o índice Ibovespa da B3 fechou em território negativo, com uma queda de 0,48%, terminando o dia aos 132.437 pontos. O desempenho do mercado de ações foi afetado por fatores relacionados à guerra comercial com os Estados Unidos e pela performance das bolsas internacionais. A possibilidade de sanções a instituições financeiras ligadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, também impactou negativamente as ações do Banco do Brasil, que recuaram 6,85%.
A situação no mercado de trabalho dos EUA aumentou as expectativas de um possível corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) a partir de setembro, o que pode estimular a fuga de investimentos de países emergentes. A renúncia de uma diretora-regional do Fed e a demissão da comissária responsável pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho também contribuíram para a pressão sobre a moeda americana, uma vez que novos ocupantes dos cargos podem ser mais favoráveis a cortes de juros.
Esses eventos demonstram a interconexão entre as economias global e local, onde decisões e dados de um país podem ter impactos significativos em mercados de outros, refletindo a volatilidade e a incerteza que permeiam o cenário econômico atual.