O dólar apresentou queda em relação ao real nesta sexta-feira (1º de agosto), refletindo dados econômicos fracos dos Estados Unidos, incluindo um relatório de empregos que mostrou a criação de apenas 73 mil novas vagas em julho, bem abaixo das expectativas do mercado. O fechamento da moeda americana foi de R$ 5,5456, uma desvalorização de 0,99%. O movimento foi impulsionado por um fluxo maior para mercados emergentes, com o Brasil se destacando devido ao diferencial de juros, com a Selic em 15% ao ano.
Durante o pregão, o dólar oscilou entre R$ 5,6284 e R$ 5,5279, com a queda acentuada após a renúncia da diretora do Federal Reserve, Adriana Kugler, e a demissão da comissária de Estatísticas do Trabalho, Erika McEntarfer, por alegações de manipulação de dados. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, também caiu 1,20%, indicando uma desvalorização generalizada da moeda americana.
No mercado de ações, o Ibovespa enfrentou volatilidade, encerrando a sessão com uma perda de 0,48%, aos 132.437,39 pontos, após ter registrado o pior desempenho para julho em uma década. O volume financeiro foi de R$ 21,5 bilhões, e o índice acumulou uma queda de 0,81% na semana. Destaques negativos incluíram ações do Banco do Brasil e CSN, enquanto Marcopolo e Auren se destacaram entre os ganhos.
Esses movimentos no mercado financeiro refletem a incerteza econômica global e as tensões comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil, que continuam a impactar a confiança dos investidores. O cenário permanece volátil, com expectativas de novas diretrizes monetárias a serem anunciadas pelo Fed em setembro.